quinta-feira, 30 de julho de 2020

Vulnerabilidades na área da Saúde, quando tempos difíceis aumentam ataques a dados sensíveis.






As vulnerabilidades são fatores críticos no cenário da segurança cibernética e, como qualquer
outra forma de empreendimento que depende de hardware e software para desenvolver suas
atividades, as organizações de saúde precisam dedicar uma atenção constante para eliminar
prevenir e mediar às falhas de segurança encontradas e utilizadas por criminosos virtuais para
práticas ilícitas como roubo de dados forçados, quebra de conexões e dentre outras ações
comuns.

A prática mais comum a ação ilícita eletrônica é o roubo de dados mediante o valor que a
informação sempre teve e hoje pela facilidade e rapidez que a mesma é repassada em
quantidade massiva ao receptor.

O setor do serviço de saúde é um dos principais alvos de ataques cibernéticos para roubo de
dados devido à compilação de informações feitas para um tratamento ou atendimento médico
atrelado ao fator de que a maioria de todos os segmentos não investe de forma correta em
segurança de dados como uma de suas prioridades.

Uma pesquisa feita pela Ponemon em 2018, com profissionais de Tecnologia da Informação,
revelou que 71% incidência atribuída à vulnerabilidade.

A segurança do paciente também inclui a segurança de seus dados de saúde e é o maior
desafio dos profissionais de T.I. e das operadoras de saúde mesmo sem a legislação brasileira
não dimensionar o tamanho do dano e vazamento deste dados ou quanto vale a privacidade
de um paciente.

Esse percentual é maior do que os apresentados para a violação de dados (26%) e a
disseminação interna de malware (14%) como principal preocupação dos profissionais, de
acordo com a 2018 Cybersecurity Survey da Healthcare Information and Management Systems
Society (HIMSS).



fonte: leadcomm.com.br/en/2019/06/18/erros-e-vulnerabilidades-na-seguranca-cibernetica-na-area-da-saude

Vamos dar uma olhada em alguns dos graves incidentes de segurança cibernética que
ocorreram entre 2018 e 2019.


https://lh6.googleusercontent.com/oMLyE-NHxfkai6yTY51DnwjGr5SVrIHfEYzljx3806FpjYxJ068mgLjokojfp3ayCRPOGN68u5Fdjym9q3UFNfBvOnAIY_L3PSJkYoNvSNRqRNGKOY4SK2s5sO7G91XGEi9hHrcdhttps://lh6.googleusercontent.com/s5mlLe9Qstx1_Kn7wangyXZiA_cAwPWuCiZVXCHjG1e07IY0jAxyvdHPQKQZDDgtIsXgaOd4QpZRG2Lnzp2oLaj9ToShqT9vuXZIQdRzZKDy2DrVKd_HzGrjrq4xr_mpGJAkwbyR

fonte: www.pwc.com.br/pt/sala-de-imprensa/noticias/ataques-ciberneticos-promovidos-governos-dobraram-ultimos-tres-anos-mostra-pesquisa-pwc.html


Casos

No início de maio foi descoberto que o fornecedor de serviços de cobrança American Medical
Collection Agency foi hackeado por oito meses entre 1 de agosto de 2018 e 30 de março de
2019. Cerca de 12 milhões de pacientes da Quest Diagnostics foram afetados.

O sistema invadido incluía uma grande quantidade de dados pessoais e financeiros da
instituição, incluindo números de seguro social e informações médicas.

No início de outubro, foi revelados que vários hospitais em todo o estado do Arkansas foram
atingidos por um ataque maciço. O ataque criptografou arquivos e restringiu o acesso a
sistemas de computadores no Centro Médico Regional da DCH Health Systems, no Northport
Medical Center e no Fayette Medical Center.

As equipes médicas tiveram que mudar para o modo manual e confiar em cópias em papel
enquanto o sistema de TI estava sendo reparado.

Até 7,7 milhões de pacientes do LabCorp também foram potencialmente impactados, além
de 422.000 pacientes do BioReference. Recentemente, mais duas entidades cobertas foram
adicionadas ao registro: o Centro de Saúde Comunitária Penobscot, no Maine, com 13.000
pacientes afetados, e os Laboratórios de Patologia Clínica, com 2,2 milhões de pacientes.

Hospital de Câncer de Barretos, o resgate era de US$ 300 por máquina, o que geraria ao
hospital um custo de US$ 360 mil, o equivalente a R$ 1,08 milhão. Além do custo financeiro,
que o hospital conseguiu evitar, houve o custo humano: cerca de 3 mil consultas e exames
foram cancelados e 350 pacientes ficaram sem radioterapia por conta da invasão no dia 27 de
junho. Outras unidades do hospital, localizadas em Jales (SP) e Porto Velho (RO), também
foram afetadas.

O hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, também teve seu sistema atingido por um ataque
cibernético que vitimou empresas e instituições de mais de 150 países. O ransomware,
chamado WannaCry, infectou mais de 230 mil computadores globalmente e também paralisou
hospitais no Reino Unido, num ataque que a polícia europeia, a Europol, classificou como sem
precedentes.

Segundo o Sírio-Libanês, o "apenas alguns computadores" do hospital foram infectados.
"Nenhum sistema ou servidor foi atingido", afirma a instituição, em nota.

Com sistemas cada vez mais informatizados, hospitais precisarão melhorar suas defesas digitais
ou poderão expor seus pacientes a riscos severos, que podem levá-los a morte. Ataques a
equipamentos essenciais podem paralisar atendimentos de emergência, adulterar exames e
induzir médicos a erros ou mesmo impedir que pacientes sejam medicados, o que pode
vitimar aqueles já em situação crítica.

Compliance, junto da conscientização/educação ao uso da tecnologia nos serviços da saúde
junto de protocolos rígidos de segurança é essencial para minimizar o máximo esses riscos
de ataques e ou de grandes proporções.

https://soundcloud.com/user-442624315 

sábado, 26 de novembro de 2011

As Virtudes do Concurseiro - Parte 1

10/08/2011
Olá, Amigos!

É sempre uma alegria escrever-lhes!

Vou trazer até vocês algumas ideias que tenho acerca do que devemos buscar, em nossa vida emocional e cotidiana, a fim de criar condições mais favoráveis para esta nossa árdua caminhada de concurseiros!

Falo deste assunto com muita propriedade! Com a propriedade de quem viveu cada percalço, cada dificuldade, cada momento de desalento e desesperança, tão comuns no dia a dia de quem se propõe ingressar no serviço público...

Vamos ver se vocês adivinham do que venho lhes falar no dia de hoje!

Eu fiz, ao longo de sete anos, cinco concursos para a Receita Federal, quatro para a Polícia Federal, três para Fiscal da Previdência, dois para Fiscal do Trabalho, dois para o TCU, vários e vários para Tribunais (Justiça Federal, Justiça do Trabalho, Justiça Eleitoral, Tribunal de Justiça), Ministério Público da União, Ministério Público Estadual, Fiscos Estaduais, Fiscos Municipais...

Um total de 33 (trinta e três) concursos!

Do que vocês acham que eu precisei?

"Deve ter precisado de muita PACIÊNCIA, não é, professor?"

Exatamente! Precisei de muita paciência!

Paciência para ter que ouvir comentários "desconcertantes", do tipo "você ainda está estudando?"...

Para quem ouve uma frase como esta, a tradução é mais ou menos a seguinte: "Você ainda não desistiu? Não vê que você não vai passar nunca? Você não tem capacidade para isso... Por que não desiste logo?"

Creiam-me: eu sei o que estou falando.

E sabem de onde costuma vir este tipo de comentário? Vem de pessoas próximas a nós. Pessoas a cujas palavras atribuímos alguma importância!

Se você ainda não sabia disso, aprenda logo: quem tem maior poder de lhe fazer mal é quem está mais próximo de você.

Eu precisei ter PACIÊNCIA, depois de cada resultado negativo, para olhar para a mesa, empilhada de livros, e pensar com meus botões: "Vamos lá de novo! Mais uma vez!"

Eu precisei ter PACIÊNCIA, meus amigos, depois de cada insucesso, para olhar no espelho e não esmorecer, e acreditar - no mais profundo da minha alma - que a vitória ainda estava por vir, que era só uma questão de tempo, uma questão de persistência...

Eu precisei ter PACIÊNCIA, para ver que estive tão perto de ser aprovado algumas vezes, e por um ponto ou dois, a vaga deixara de ser minha...

Mas toda verdadeira PACIÊNCIA traz consigo uma recompensa!

E a verdadeira PACIÊNCIA é aquela que não anda sozinha: segue de mãos dadas com o ESFORÇO!

No dia de hoje, eu me pergunto se teria paciência suficiente para prosseguir tentando, caso meu nome não estivesse na lista dos aprovados do Fiscal da Receita 2002...

Possivelmente sim. Eu sabia muito bem o que queria.

Ocorreu-me agora contar-lhes a história do cachorro que viu a lebre passando, e saiu correndo em disparada para pegá-la. Outros cães também começaram a correr , não por ter visto a lebre, mas simplesmente para acompanhar aquele que correu por primeiro. Após minutos de corrida, os cães que não haviam visto a lebre começaram a parar, um a um...

Por que pararam? Ora, pararam simplesmente porque não sabiam por que estavam correndo. Até para um cachorro, correr à toa pode parecer algo sem sentido...

Mas o primeiro cão, aquele que viu a lebre passar, este não cessou de correr! Ele não desistiria como fizeram os demais. Ele sabia o motivo do seu esforço! Ele ACREDITAVA que havia razões para seguir em frente!

Assim, meus amigos, se vocês REALMENTE SABEM por que estão correndo tanto assim, ...("Mas eu estudo sentado, professor!"... Eu sei! Eu falei "correndo" em sentido figurado!)... nada deve lhes fazer desistir do seu objetivo!

Tenham PACIÊNCIA, queridos! Bons empregos e salários dignos esperam por vocês e por suas famílias!

Só para concluir: sabem quantas vezes Walt Disney teve rejeitados seus pedidos de financiamento para construir a Disneylândia?

Alguém sabe?

Trezentas e duas vezes! Trezentas e duas "portas na cara"...

Isso é o que é exemplo de paciência, não é mesmo?

PACIÊNCIA, portanto, é a nossa "virtude" de hoje!

Pensem sobre ela!

Um forte abraço do seu amigo de sempre.

E fiquem todos com Deus!

Prof. Sérgio Carvalho
sergio@euvoupassar.com.br

domingo, 3 de julho de 2011

Veja dicas sobre como organizar seu tempo na hora de fazer a prova.

Melhor é começar pela disciplina mais fácil para o candidato no concurso.

Detalhes como escolha do lugar onde se sentará podem fazer diferença.

Lia Salgado* Especial para o G1

A postura na hora da prova pode fazer muito pelo candidato em um concurso. Até a escolha do lugar onde se sentará pode fazer diferença. Se as carteiras não estiverem pré-definidas para cada inscrito, é bom observar alguns detalhes: se bate sol, onde está o ventilador ou a direção do ar-condicionado.

Mesmo antes do exame, alguns procedimentos ajudam a dar segurança no momento em que o relógio começa a correr. É importante verificar com antecedência a documentação que deve ser levada –conferir no edital o que é ou não aceito como identificação- e o material a ser utilizado. É válido levar água e algo para comer durante a prova.

É bom lembrar que a sala onde ocorrerá o concurso pode estar muito fria ou muito quente, apesar da temperatura do dia. A alimentação antes do exame deve ser leve e saudável e é muito importante sair de casa com antecedência suficiente para chegar cedo ao local do concurso, contando com eventuais imprevistos no caminho.

Já em sala, deve-se estar atento às orientações dadas pelos fiscais, que deverão ser rigorosamente cumpridas. Quando for autorizado, proceda à leitura cuidadosa das instruções contidas no caderno de prova.

A estratégia para responder às questões também deve ser definida com antecedência, com base nas informações do edital quanto ao número de questões, disciplinas agrupadas, mínimo de pontos para aprovação e duração da prova. A partir disso e do conhecimento específico em cada assunto, o candidato vai determinar a ordem de matérias mais favorável e o tempo a ser gasto em cada disciplina ou grupo.

Primeiros minutos e o "branco"
O início da prova é momento de muito nervosismo. Assim, costuma ser mais produtivo começar por uma matéria que o candidato domine bem, a fim de dar tempo para passar o “pico de adrenalina” sem que se crie a impressão de que a prova está mais difícil do que na verdade está.

É preciso, também, não deixar disciplinas que exigem longas leituras –como português- muito para o fim, quando o cansaço mental tende a ser maior. Alternar questões de exatas com as de leitura pode ser interessante, porque são solicitadas áreas distintas do cérebro.

É na hora de começar a prova que pode acontecer o temido “branco”, que pode ser bastante minimizado se conseguir se tranquilizar um pouco: algumas inspirações e expirações mais profundas e lentas ajudam a recuperar o equilíbrio. Na verdade, o candidato não esqueceu as informações – elas estão ali, mas o estresse excessivo faz com que não sejam acessadas.

E se não souber uma resposta?
A duração da prova é a mesma para todos, mas quem sabe tirar o melhor proveito dos minutos conquista grande vantagem. A leitura de cada questão deve ser atenta e concentrada, tanto do enunciado, quanto de todas as alternativas. Caso contrário, há o risco de o candidato assinalar precipitadamente uma opção que parecia correta, deixando de considerar algum detalhe.

Por outro lado, se após a leitura o candidato não tiver certeza da alternativa a ser marcada, não deve gastar mais tempo tentando descobrir naquele momento. Deve anotar as informações importantes ao lado da questão e seguir para a próxima.

Chegando ao fim, retorna-se à primeira matéria para resolver as questões que ainda não estão assinaladas. O cuidado, aí, é não gastar tempo relendo o que já estava decidido. Corre-se o risco de apagar uma marcação correta e substituí-la por uma errada, além de desperdiçar tempo que deveria ser dedicado às questões ainda não assinaladas.

Seguindo esse processo, as perguntas mais difíceis e/ou trabalhosas ficarão para o final e as de solução mais simples e rápida serão resolvidas de imediato. Com esse cuidado, é possível garantir o máximo de pontos, com o mínimo de tempo, em todas as disciplinas. E ainda sobra tempo para dedicar às questões realmente mais complexas, com a tranquilidade de que todo o resto está feito.

Hora certa da pausa
Muitas vezes, aproveitar o momento entre a primeira rodada de matérias e a segunda para ir ao banheiro é bastante proveitoso. Além de eliminar qualquer possível desconforto, o fato de o candidato retirar-se do ambiente da prova ajuda a "clarear" a mente e a ter uma visão melhor das questões no retorno.

Se houver uma parte discursiva, é interessante tentar fazer o esboço da mesma logo após a primeira rodada na prova objetiva. Se, além da estrutura, o candidato conseguir desenvolver a dissertação, melhor ainda –já deixa o rascunho pronto. Caso contrário, pode ser melhor retornar à parte objetiva, para não perder tempo, lembrando de voltar para concluir a parte discursiva e passar a limpo.

O cartão-resposta deve ser marcado ao final de tudo, com calma e atenção, uma questão por vez, reservando-se algo em torno de 15 a 30 minutos para isso, conforme o número de questões.

No dia da prova, o mais importante é manter a serenidade, haja o que houver. De nada adianta ficar lamentando não ter estudado um ou outro ponto. Nem se desestabilizar caso surja algum assunto nunca visto. Também é essencial estar concentrado e procurar se abstrair de todo o resto: há casos de barulho na vizinhança, gente na sala com cacoetes ruidosos e nada disso pode tirar a concentração do candidato.

Além de tudo, é sempre bom lembrar que, por melhor que seja o concurso, sempre haverá outro. O candidato deve fazer o melhor que puder e aguardar os resultados. Caso não seja aprovado, deve retomar a preparação, procurando corrigir os erros cometidos anteriormente.

* Lia Salgado, fiscal de rendas do município do Rio de Janeiro, é consultora em concursos públicos e autora do livro “Como vencer a maratona dos concursos públicos”

Cobrança em ser aprovado leva cada vez mais concurseiros à depressão.

29/03/2011 11:35

Do CorreioWeb

Imagine a cena: você decide virar concurseiro (quero estabilidade, bom salário e todos os benefícios que um servidor tem direito). Você se matricula em um cursinho preparatório (vou estudar sério, obedecer a uma rotina e largar a "cervejinha" dos fins de semana). Já na primeira seleção, você dá de cara com mais de duzentos candidatos por vaga (estou preparado, estudei muito e, afinal, preciso só de uma chance). Infelizmente, você não é aprovado, mas persiste. E persiste. E nada de aprovação. A jornada diária de trabalho e estudos, as poucas vagas, a grande concorrência, a pressão familiar... tudo parece desmoronar. Triste, não? E não é só força de expressão. A cada dia mais cresce o número de candidatos em consultórios de psiquiatras e psicólogos, compartilhando o mesmo problema: a depressão.

Raquel Pimentel dos Santos conhece bem esse ciclo. Hoje, a técnica administrativa da Secretaria de Saúde do Distrito Federal conta como trilhou um caminho árduo para enfim ser tornar servidora. "Ser concurseiro é ser multifacetado. Você trabalha, estuda e ainda tem que cuidar dos filhos. A pressão para ser perfeita em cada uma dessas tarefas é grande e o resultado é o estresse, a mudança de humor, a hipertensão, os choros constantes, o isolamento e, principalmente, o sentimento de culpa", desabafa.

A depressão também faz parte da vida de Maria Silva*. Em 2008, ela participou do concurso da Agência Nacional de Transportes Terrestres e conseguiu ficar em quarto lugar - foram oferecidas apenas duas vagas efetivas para o cargo de especialista em regulação. Quase dois anos se passaram e ela já havia esquecido o certame, quando no final de 2010 o órgão enviou um e-mail informado que ela deveria enviar o currículo, porque logo seria chamada para o curso de formação. A alegria de Maria durou pouco, pois em seguida a ANTT enviou outro recado cancelando as informações passadas anteriormente. "Já tinha predisposição para depressão. Depois disso não parei mais de chorar, tive que procurar a ajuda de um psiquiatra e venho tomando uma série de antidepressivos. Agora estou me recuperando e vou tentar retomar os estudos esse ano - já que durante todo esse tempo tive dificuldades de concentração e aversão a qualquer coisa que me lembrasse concursos".

A história não é diferente com André G., que há cerca de quatro anos se inscreveu no certame do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul. De acordo com o concurseiro, ele acertou 69 das 70 questões da prova e a nomeação já era certa. Acontece que, ao sair da sala de aplicação dos testes, ele soube de irregularidades que ocorreram e o concurso acabou sendo cancelado. "Entrei em depressão a ponto de não conseguir pegar nos livros por dois meses, sem falar que ganhei cerca de 20kg. Aos poucos fui retomando a rotina de estudos, mas o meu rendimento despencou. Estava tão afetado que cheguei a ponto de ir ao Piauí fazer uma prova, ir até a porta da sala e desistir por não me achar preparado. O meio dos concursos é cruel, você tem que ser simplesmente o melhor, não tem espaço para o segundo lugar", lamenta.

De acordo com o psicólogo Fábio Calo, atualmente é muito comum estudantes apresentarem depressão devido ao grande contingente de pessoas que alimentam o sonho de ser servidor. "O concurseiro abre mão de muitos prazeres que dão equilíbrio à vida, como o convívio com a família, as saídas de fim de semana, as viagens... tudo para se dedicar aos estudos e isso acaba afetando seu rendimento. A depressão por vezes é o resultado de muita pressão. Nesses casos, a ajuda profissional é sempre bem vinda e o psicólogo é o especialista mais indicado. Seu trabalho irá consistir principalmente em motivar o paciente a continuar numa rotina eficiente de estudos em busca da aprovação".

Segundo Calo, os sintomas mais comuns entre os concurseiros depressivos são a queda na quantidade de tempo dedicado e na qualidade dos estudos, a dificuldade de concentração, a prática de atividades que os desviam dos estudos, as alterações no sono e na alimentação, a desesperança e a desistência.

Dentre as ações que são desenvolvidas pelo psicólogo estão as de esclarecer os objetivos individuais que levaram o concurseiro a querer ser um servidor - já que com a árdua rotina de estudos isso muitas vezes acaba sendo esquecido-; fazer com que ele enxergue e valorize as boas perspectivas que se concretizarão após a aprovação, como a melhora da qualidade de vida adquirida por meio da estabilidade financeira, emocional e familiar; e investigar se a pessoa possui outras patologias que atrapalham os estudos e contribuem para a evolução do quadro depressivo, como déficit de atenção e/ou transtorno de ansiedade.

Para evitar a doença, o recomendado é o equilíbrio. Em meio à disciplina e à dedicação aos estudos, não se esqueça de tirar um dia da semana para descansar a mente com leituras mais leves, não deixe de praticar algum tipo de atividade física e se relacionar com a família e encontre prazer na rotina de estudos. Essas são atitudes de equilíbrio que certamente contribuirão para amenizar as tensões da maratona de preparação e farão com que você, concurseiro, não desista do sonho do serviço público.

*Nome fictício.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

CBF acata ordem judicial e não reconhece mais o Flamengo como campeão brasileiro de 1987, só o Sport.

MESMO ASSIM A MULAMBADA INTERNA DA CBF TENTA GARFAR MEIA TAÇA...

Por O Globo | Agência O Globo

RIO - A CBF divulgou nota na tarde desta quarta-feira revogando decisão anterior da entidade que reconhecia Flamengo e Sport como campeões brasileiros de 1987. Pela nova decisão, o Sport volta a ser declarado como único campeão daquele ano. A medida da CBF é em obediência a uma determinação judicial, em sentença proferida pela 10ª Vara da Justiça Federal de Primeira Instância da Seção Judiciária de Pernambuco. Como é primeira instância, cabe recurso.

Na nota em que informa a tomada de decisão, porém, a CBF faz uma ressalva: "O reconhecimento do título de campeão nacional de 1987 também ao Clube de Regatas do Flamengo não contraria os limites da coisa julgada".

Confira na íntegra a ota da CBF, divulgada no site oficial da entidade:

"Resolução da Presidência 06/2011

Dispõe sobre revogação da RDP nº 02/2011

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, em cumprimento à decisão proferida pela 10ª Vara da Justiça Federal de Primeira Instância da Seção Judiciária de Pernambuco, RESOLVE revogar a Resolução da Presidência nº 02/2011 e, em estrita obediência à sentença proferida às fls. 365/376 dos autos do processo nº 000.4055-52.1990.4.05.8300, reconhecer como único campeão brasileiro de futebol profissional de 1987 o Sport Club do Recife.

Esta Resolução entra em vigor nesta data, revogando-se as disposições em contrário, não obstante o referido ato judicial ser passível de recurso e apesar de esta entidade entender que o reconhecimento do título de campeão nacional de 1987 também ao Clube de Regatas do Flamengo não contraria os limites da coisa julgada."

http://br.esportes.yahoo.com/noticias/cbf-acata-ordem-judicial-reconhece-flamengo-campe%C3%A3o-brasileiro-191400643.html


sábado, 9 de abril de 2011

"A DIFÍCIL ARTE DE SIMPLIFICAR TEXTOS CIENTÍFICOS"

Textos Científicos são escritos numa linguagem de difícil compreensão para o grande público. Torna-se necessário simplificá-los tornando-os mais acessíveis.
Observem abaixo os estágios desta SIMPLIFICAÇÃO:

TEXTO ORIGINAL:

"O dissacarídeo de fórmula C12H22O11, obtido através da fervura e da evaporação de H2O do líquido resultante da prensagem do caule da gramínea Saccharus officinarum (Linnaeus), isento de qualquer outro tipo de processamento suplementar que elimine suas impurezas, quando apresentado sob a forma geométrica de sólidos de reduzidas dimensões e arestas retilíneas, configurando pirâmides truncadas de base oblonga e pequena altura, uma vez submetido a um toque no órgão do paladar de quem se disponha a um teste organoléptico, impressiona favoravelmente as papilas gustativas, sugerindo impressão sensorial equivalente provocada pelo mesmo dissacarídeo em estado bruto que ocorre no líquido nutritivo da alta viscosidade, produzindo nos órgãos especiais existentes na Apis mellifira (Linnaeus). No entanto, é possível comprovar experimentalmente que esse dissacarídeo, no estado físico-químico descrito e apresentado sob aquela forma geométrica,apresenta considerável resistência a modificar apreciavelmente suas dimensões quando submetido a tensões mecânicas de compressão ao longo do seu eixo em conseqüência da pequena deformidade que lhe é peculiar."

- PRIMEIRO ESTÁGIO DA SIMPLIFICAÇÃO:

"A sacarose extraída da cana de açúcar, que ainda não tenha passado pelo processo de purificação e refino,apresentando-se sob a forma de pequenos sólidos tronco-piramidais de base retangular,impressiona agradavelmente o paladar, lembrando a sensação provocada pela mesma sacarose produzida pelas abelhas em um peculiar líquido espesso e nutritivo. Entretanto, não altera suas dimensões lineares ou suas proporções quando submetida a uma tensão axial em conseqüência da aplicação de compressões equivalentes e opostas."

- SEGUNDO ESTÁGIO DA SIMPLIFICAÇÃO:

"O açúcar, quando ainda não submetido à refinação e, apresentando-se em blocos sólidos de pequenas dimensões e forma tronco-piramidal, tem sabor deleitável da secreção alimentar das abelhas; todavia não muda suas proporções quando sujeito à compressão."

- TERCEIRO ESTÁGIO DA SIMPLIFICAÇÃO:

"Açúcar não refinado, sob a forma de pequenos blocos, tem o sabor agradável do mel, porém não muda de forma quando pressionado."

- QUARTO ESTÁGIO DA SIMPLIFICAÇÃO:

"Açúcar mascavo em tijolinhos tem o sabor adocicado, mas não é macio ou flexível."

- ESTÁGIO FINAL DA SIMPLIFICAÇÃO:

"Rapadura é doce, mas não é mole, não!"

EMPRESAS E CONTRATAÇÕES - PERFEITO!!!

"Vi um anúncio de emprego.
A vaga era de Gestor de Atendimento Interno, nome que agora se dá à seção de serviços gerais. E a empresa contratante exigia que os eventuais interessados possuíssem - sem contar a formação superior - liderança, criatividade, energia, ambição, conhecimentos de informática, fluência em inglês e, não bastasse tudo isso, ainda fossem "hands on". Para o felizardo que conseguisse convencer o entrevistador de que possuía mesmo essa variada gama de habilidades, o salário era um assombro: R$ 800 reais. Ou seja, um pitico. Não que esse fosse algum exemplo absolutamente fora da realidade. Pelo contrário, ele é quase o paradigma dos anúncios de emprego atuais. A abundância de candidatos está permitindo que as empresas levantem, cada
vez mais, a altura da barra que o postulante terá de saltar para ser admitido. E muitos, de fato, saltam. E se empolgam. E aí vêm as agruras da superqualificação, que é uma espécie do lado avesso do efeito pitico... Vamos supor que, após uma duríssima competição com outros candidatos tão bem preparados quanto ela, a Fabiana conseguisse ser admitida como gestora de atendimento interno. E um de seus primeiros clientes fosse o seu Borges, gerente da contabilidade.
- Fabiana, eu quero três cópias deste relatório.
- In a hurry!
- Saúde, Fabiana!
- Não, isso quer dizer "bem rapidinho". É que eu tenho fluência em inglês. Aliás, desculpe perguntar, mas por que a empresa exige fluência em inglês se aqui só se fala português?
- E eu sei lá! Dá para você tirar logo as cópias?
- O senhor não prefere que eu digitalize o relatório? Porque tenho profundos conhecimentos de informática.
- Não, não. Cópias normais mesmo.
- Certo. Mas eu não poderia deixar de mencionar minha criatividade. Eu já comecei a desenvolver um projeto pessoal visando eliminar 30% das cópias que tiramos.
- Fabiana, desse jeito não vai dar!
- E eu não sei?! Preciso urgentemente de uma auxiliar.
- Como assim?
- É que eu sou líder, e não tenho ninguém para liderar. E considero isso um desperdício do meu potencial energético.
- Olha, neste momento, eu só preciso das três có...
- Com certeza. Mas antes vamos discutir meu futuro...
- Futuro? Que futuro?
- É que eu sou ambiciosa. Já faz dois dias que eu estou aqui e ainda não aconteceu nada.
- Fabiana, eu estou aqui há 18 anos e também não me aconteceu nada!
- Sei. Mas o senhor é hands on?
- Hã?
- Hands on. Mão na massa.
- Claro que sou!
- Então o senhor mesmo tira as cópias. E agora com licença que eu vou sair por aí explorando minhas potencialidades. Foi o que me prometeram quando eu fui contratada.

Então, o mercado de trabalho está ficando dividido em duas facções. Uma, cada vez maior, é a dos que não conseguem boas vagas porque não têm as qualificações requeridas. E o outro grupo, pequeno, mas crescente, é o dos que são admitidos porque possuem todas as competências exigidas nos anúncios, mas não poderão usar nem metade delas, porque, no fundo, a função não precisava delas. Alguém ponderará - com justa razão - que a empresa está de olho no longo prazo: sendo portador de tantos talentos, o funcionário poderá ir sendo preparado para assumir responsabilidades cada vez maiores. Em uma empresa em que trabalhei, nós caímos nessa armadilha. Admitimos um montão de gente super qualificada. E as conversas ficaram de tão alto nível que um visitante desavisado que chegasse de repente confundiria nossa salinha do café com o auditório da Fundação Alfred Nobel. Até que um dia um grupo de marketing e finanças foi visitar uma de nossas fábricas. E, no meio da estrada, a van da empresa pifou. O jeito era confiar no especialista, o Cleto, motorista da van. E aí todos descobriram que o Cleto falava inglês, tinha noções de informática e possuía energia e criatividade. Sem mencionar que estava fazendo pós-graduação. Só que não sabia nem abrir o capô. Duas horas depois, quando o pessoal ainda estava tentando destrinchar o manual do proprietário, passou um sujeito de bicicleta. Para horror de todos, ele falava "nóis vai, nós quer" e coisas do gênero. Mas, em 2 minutos, para espanto geral, botou a van para funcionar. Deram-lhe uns trocados, e ele foi embora feliz da vida. Aquele ciclista anônimo era o protótipo do funcionário para quem as empresas modernas torcem o nariz, uma espécie de pitico contemporâneo: aquele que é capaz de resolver, mas não de impressionar."
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